Quero amar-te, mas não consegues assumir que te sonho... porque não acordas?... Calo a voz para nos salvar... Como é difícil conciliar o silêncio com o coração...
Aprendemo-nos com tempo, perdemo-nos, separados pelo espaço... É essa sombra que atormenta, incute medo e vazio. Combater a alma, torna-se inglório, qual montanha sente terror pelas ínfimas areias que deslizam p'lo seu dorso?!
Oh, tristeza das tristezas, juro pela alma que te juro amor eterno! Aprender-te sem tempo é ganhar-te, agarrados ao mesmo destino. Fala, expulsa o que te vai no âmago!!! O muro que nos atropela não tem vida, é o sopro das palavras que acaricia a paz que tanto nos delicia. Deixa-me percorrer-te, encontrar-te, para sempre, uma vez mais, enrolar-me em ti e devorar os segundos que teimam em separar.
Como apetece o abraço até nos fundirmos ou desaparecermos... Assolado pelo tempo que me vai quebrando ainda existe esperança de esperança maior, embora reste o medo de nunca deixar de ter sede, sedento, de amor, do nosso, desse que me faz ser enquanto sou... Deixa-me continuar a aprender-te!