segunda-feira, novembro 08, 2010

APRENDER-TE...

Aprendemo-nos
com tempo,
perdemo-nos, separados pelo espaço...
É essa sombra que atormenta,
incute medo e vazio.
Combater a alma, torna-se inglório,
qual montanha sente terror
pelas ínfimas areias que deslizam p'lo seu dorso?!

Oh, tristeza das tristezas,
juro pela alma que te juro amor eterno!
Aprender-te sem tempo é ganhar-te,
agarrados ao mesmo destino.
Fala, expulsa o que te vai no âmago!!!
O muro que nos atropela não tem vida,
é o sopro das palavras que acaricia a paz que tanto nos delicia.
Deixa-me percorrer-te,
encontrar-te, para sempre, uma vez mais,
enrolar-me em ti e devorar os segundos que teimam em separar.

Como apetece o abraço
até nos fundirmos ou desaparecermos...
Assolado pelo tempo que me vai quebrando
ainda existe esperança de esperança maior,
embora reste o medo de nunca deixar de ter sede,
sedento,
de amor, do nosso,
desse que me faz ser enquanto sou...
Deixa-me continuar a aprender-te!

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