
Ao longo do tempo lavrou lendas,
infinitas, doces na amargura.
Sonhos. Universos.
Da barreira do tempo
p'ró tempo sem barreiras,
quimeras sem alcance
alvejou, ansiou e delas se afasta.
Rejeição. Abandono. Perdição.
Pesadelo deu à costa,
sem fôlego, nem ar, nem nevoeiro...
Vão tardes, rios e fontes,
vai choro, gaiolas e cor,
música sem som,
gemidos de dor,
vidros baços, gritos abertos
e pássaros a voar.
Oh, hálito do mar (da terra molhada,
do solo embriagado) de sangue e suor,
que barcos não passam,
nem rasto seu,
nem seu...
Ao longo dos tempos, plantou e regou,
quis e deixou as lendas.
Há no passado quem lhe diga,
que houve um futuro que lhe trouxe
ao presente essa lenda,
ao longo dos tempos, seus...
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